terça-feira, 9 de junho de 2009

O Domingo Rubro-Negro

Caros, Rubro-Negros.

E com grande insatisfação e revolta que venho escrever esse texto a respeito sobre o Flamengo, não sobre o clube Flamengo, pois esse é intocável e imaculado, mas sim sobre o atual elenco do Flamengo, sim esses jogadores que há muito tempo por lá estão querendo acostumar nós Rubro-Negros, vencedores por natureza, com grandes vexames nesses últimos anos, e doloroso e sofrido mas temos que lembrar do “gordito” Cabanãs, do Atlético Mineiro, da Portuguesa, do Goiás e do “grande” Resende esses são exemplos que puxei do meu inconsciente sem muito esforço.

Queria saber em que parte da história esses jogadores do Flamengo esqueceram que jogo do Flamengo é dia de alegria no Brasil, que é dia de festa e que domingo é um dia sagrado para nós Rubro-Negros, infelizmente eu não conseguir acompanhar “O Maior time da História do Futebol Mundial”, o Flamengo da década de 80, pois meus pais demoraram nas preliminares e se atrasaram para a Final, mas mesmo assim, consultando algumas pessoas que viveram essa grande Era Rubro-Negrina afirmam que ir domingo no Maracanã era como se fosse ir na casa da própria mãe comemorar o aniversário de sua reprodutora , pois eles se sentiam em casa e no meio da grande família Rubro-Negra esperando só a festa e cortar o bolo, ou seja alegria geral.

Caros, é inadmissível o que ocorreu domingo na Ilha do retiro, o apagão que ocorreu no time do flamengo pensando que o jogo do tinha acabado com os dois gols de vantagem, como já dizia o nosso grande ídolo Nunes “o João Danado”, o jogo só termina quando acaba, e jogo contra o Sport e dever nosso ganhar, para que aqueles pobres coitados pernabucanos não pensem que são campeões brasileiros de 1987, porque nós não enfrentamos eles porque o regulamento inicial e qual o flamengo assinou e concordou, formulado pelo Clube do 13, organizador do campeonato daquele ano não se referia a confronto entre o Campeão da Série A enfrentasse o Campeão da Série B, e não o da CBF que se meteu no meio do campeonato para bagunçar como sempre, pois se eles pensam que ganharia aquele jogo estão enganados pois naquele time estava o nosso “Messias Rubro-Negro”, ZICO, mas isso é assunto é para outra hora.

É impossível voltar no tempo, mas queria lembrar ao nosso excrete que a equação FLAMENGO + DOMINGO + MARACANÃ = ALEGRIA, não a vexame, vergonha e que algumas derrotas marcam mais que títulos cariocas, pois é apenas isso que o esse jogadores conquistaram nesses últimos anos porque TRICAMPEONATO carioca o Flamengo tem 5 mas libertadores apenas uma, e toda a nação se lembra muito bem dos campeões de 81, mais pouco sabem quem foi tricampeão carioca vestindo o manto sagrado.
Saudações Rubro-Negra,
Diogo Bittencourt

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Amor Rubro-negro - O começo

O amor pelo Flamengo começa de um modo diferente para cada um,e nada melhor que começar o blog com o post que li no blog do Arthur Muhlenberg da globo.com sobre o amor pelo Mais Querido do Mundo, leiam e se emocionem e sejam bem-vindos ao blog.


Era um dia frio, sem chuva. Seria um dia chato, não fosse o Maracanã lotado e a expectativa de um título. Ele não era fanático, sequer tinha visto o estádio lotado na vida, até então. Tinha 13 anos e torcia, timidamente, para o Palmeiras, apesar de morar no RJ.
Naquele domingo seu pai o levou na final. De bandeira, camisa e ingresso na mão, chegou assustado com a multidão. Entrou faltando 15 minutos pra começar e, quando olhou em volta, disse: “Pai, quantas pessoas tem aqui?!?”.
- Muitas, filho… uma nação inteira, disse o pai.
Aquela multidão explodiu em faixas, bandeiras e papel picado minutos depois. O garotinho se encolheu com medo e sentou. Com 1 minuto de jogo a torcida levantou e não deixou que o guri visse mais nada. Ele ouvia, sentia, mas não assistia.
Seu pai, rubro-negro fanático, não tinha muita esperança de que seu pivete palmeirense um dia se envolvesse com futebol. Jamais mostrou grande interesse, e só torcia porque tinha um amigo que era palmeiras.
O Flamengo saiu ganhando, mas não bastava. Tinha que ser com 2 gols de diferença, ou nada. Seu pai explicou que “faltava um”, e o garotinho não entendeu. Afinal… vitória não é vitória de qualquer jeito?
Sofreu um gol, e ele não tirou sarro do pai como sempre fazia. Ficou triste, como que contagiado pela multidão. O outro lado, 40% do estádio apenas, fazia barulho, e ele ouvia o silencio da nação a sua volta. Segundo ele, o silencio mais dolorido que já escutou na vida.
O Flamengo fez o segundo, e o garotinho, se envolvendo com o jogo, vibrou. Pulou no colo do seu pai e o abraçou como se fosse um legítimo urubuzinho.Não era, ainda.
A torcida começou a cantar o hino, que ele sabia de cor de tanto ouvir o pai cantar. Pela primeira vez, cantou num estádio, e fez parte da nação. A angustia de milhares não passou em branco. Em mais alguns minutos o garotinho suava e já rezava de mãos grudadas ao peito.O Flamengo virou, mas não bastava.
40 minutos do segundo tempo. Mesmo com 2×1 no Placar, a nação ouvia gozações do outro lado. Ele não entendia, e fez o pai explicar, mesmo num momento dramático do jogo.
Atencioso, o pai sentou e contou pro garoto que o Flamengo precisava ter 2 gols de vantagem, porque a vitória por um gol empataria a soma de 2 jogos, e o empate era do rival. Ele não entendeu bem, mas simplificou em sua cabeça: “Mais um e ganharemos”.Opa… “ganharemos”? Ele não era palmeirense?
E então, aos 43 minutos, onde alguns já se mexiam na direção da saída, uma falta do meio da rua. Seu pai vibrou e ele questionou: “O que foi? Foi pênalti!? “- Quase isso, filho!! Dali pro Pet é pênalti!!, profetizou o pai, ignorando a distancia da falta.
A cobrança… o silencio eterno de 1 segundo e a explosão. Gol do Flamengo! Petkovic! E seu pai o abraça como nunca abraçou em toda sua vida. Pula, joga o garoto pra cima, beija, chora…O garotinho, numa mistura de susto com euforia, olha em volta e, de braços abertos, comemora em silencio um gol que não era dele.
Sem razão, ele chora. E chorando, abraça o pai que, preocupado, rompe a alegria e pergunta: O que foi? O que foi? Se machucou?- Não… Eu to feliz, pai!Sem mais palavras, o pai sentou e abraçado ao garotinho deu um abraço de tricampeão. O jogo acabou, e os dois continuaram abraçados.
A festa rolando, os dois assistindo a tudo aquilo emocionados, o garotinho absolutamente embasbacado com a cena, já que nunca havia visitado um estádio lotado, muito menos uma decisão. O pai olhava pro campo e pro filho, porque sabia que, talvez, aquele fosse seu único momento na vida onde teria a imagem de seu garoto comemorando um titulo do time dele.
E chorava, sem vergonha nenhuma de quem estivesse em volta.
O menino foi embora pensativo, eufórico. Em casa, contou pra mãe com uma empolgação incomum sobre tudo que viveu naquela tarde. E não falava do jogo, apenas da torcida. Iludido por uma frase, contou pra mãe:
- Aí, no finalzinho, teve um pênalti! E o Flamengo fez o gol…- Não filho… não foi pênalti! Foi de falta.- Mas você disse que foi pênalti…- Era modo de falar…. hahahahahah- Então, mãe… aí, o cara fez o gol e a gente foi campeão!!!
Pronto. Aquele “a gente” fez o pai parar de colocar cerveja no copo, virar a cabeça lentamente e perguntar, com medo da resposta:- A gente, filho?(silencio…)- É pai! O Mengão!!!!!
Emocionado, o pai abraçou o garoto e não falou nada. Ali, seu maior sonho virava realidade. A mãe entendeu, deixou os dois na cozinha e saiu de fininho, enquanto o pai começava a contar de uma outra final que viveu em mil novecentos e bolinha, com toda a atenção do novo rubro-negro.Hoje o garoto tem 21, completados há alguns dias.
Quando seu pai perguntou o que ele queria de presente este ano, a resposta foi essa:- Dois ingressos, uma bandeira, a camisa nova e ver você chorando igual aquele dia.